A política ambiental do município
vai priorizar a qualidade dos serviços e a manutenção dos equipamentos
públicos, como parques e áreas de
lazer, já construídos”. Esta observação é do secretário de Defesa do Meio
Ambiente, Rogério Vidal, para explicar a mudança estratégica da pasta na
comparação entre o que foi feito durante o governo Barjas Negri e o que está
sendo realizado na atual gestão, de Gabriel Ferrato. “A tônica do governo
anterior foi a ampliação da infraestrutura e dos serviços, que estavam muito defasados
em relação às necessidades da população. Agora a regra não é apenas mantê-los,
como aprimorá-los, sem perder de vista, evidentemente, as obras que estão
previstas no Plano de Governo”.
Para estabelecer um parâmetro
almejado de qualidade dos serviços da sua pasta, Vidal citou o Catacacareco,
que alcançou padrão de atendimento que servirá de exemplo para os demais.
“Em seis anos, saímos de 1.072 ligações anuais, pelo 156, para cerca de 5
mil. Mesmo assim conseguimos atender cada demanda em no máximo 4 dias após
solicitada”. A função do Catacacareco é recolher inservíveis residenciais, como
sofá, armário e outros móveis domésticos e dar destinação adequada a eles, sem
que sejam jogados incorretamente em espaços públicos, terrenos e áreas de
preservação ambiental. De acordo com o secretário, a empresa contratada para
essa função tem acesso direto aos registros do 156 e consegue, assim, agilizar
o procedimento.
A poda de árvores, por exemplo,
com a ampliação do serviço a partir de outubro, também para atender a demanda
do 156, deve seguir o mesmo caminho. Até 2008 o esquema de trabalho era com
equipes padrão atendendo a cidade setorialmente, sem considerar os pedidos que
vinham pelo 156. Mas a contratação dessas equipes foi proibida pelo TCE. Porém,
a prefeitura licitou o serviço sem prever poda especial para atender o 156. Ao
incorporar o 156, com a mesma estrutura de atendimento existente, o rendimento
do serviço caiu para 1/10 da eficiência necessária. Para superar essa limitação
foi feita uma nova licitação que amplia razoavelmente a quantidade de serviço.
Sendo assim, a partir de outubro a cidade terá um atendimento bem mais ágil.
“Nossa intenção inicial é atender todos os pedidos dentro de no máximo um mês.
Mas como temos uma lista grande de espera, decorrente do gargalo anterior,
faremos as duas coisas simultaneamente. E em seis meses, zerado o passivo,
pretendemos derrubar esse prazo para até 15 dias. Ou seja, a pessoa vai
solicitar o serviço pelo 156 e será atendida em 15 dias”, enfatizou Vidal.
No caso do corte de mato em áreas
públicas, principalmente no período das chuvas, que vai de outubro a março, o
serviço também será melhorado
significativamente, também a partir de outubro. Gabriel Ferrato autorizou o
aumento na capacidade de atendimento, o que permitirá o atendimento bimensal
nas áreas consideradas do circuito principal da cidade, ou seja, avenidas,
praças e centros de lazer. As demais áreas serão divididas em 12 regiões e
também serão atendidas bimensalmente. “Com isso as reclamações devem reduzir”,
disse o secretário. O planejamento desses serviços, que hoje é feito
semanalmente, será feito mensalmente, a partir de outubro, e anualmente a
partir de janeiro. Com isso, os vereadores poderão acompanhar em tempo real o
que está sendo feito e o que será feito nesse período. “E terão subsídios para
atender a demandas de sua base eleitoral, ou aquelas que chegam pelo
Legislativo sem precisarem recorrer a proposituras para esse fim”.

Em outra frente, o corte de mato
pela prefeitura em áreas particulares está reduzindo gradativamente. Em 2008
eram 2.900 fiscalizações anuais de terrenos irregulares, e em 2011 atingiu
2.200, um declínio gradual, só possível graças às mudanças na legislação, que
não exige mais a notificação do proprietário quando o mato chega a 80 centímetros de
altura. “A partir dessa altura a autuação é automática. Além disso, o preço da
multa é proporcional ao tamanho do terreno, o que fez declinar o índice de
terrenos com mato alto desde então”, explicou Vidal. “Além disso, quando a
prefeitura precisa fazer o serviço, por uma questão de saúde pública, porque o
proprietário não obedeceu a lei, o preço não é barato”. Com esses ajustes, o
secretário acredita que em breve os serviços que são mais solicitados pelo 156
devem se tornar mais ágeis e eficientes, dentro de um padrão de qualidade. E
essa melhoria será percebida já nessa temporada de chuva que se inicia.
CCS
fotos David Cassa
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