Bairros São Judas, São Dimas, Clube de Campo e Cidade Jardim recebem a campanha “Dê a Mão para o Futuro”

Teve início ontem (20/10) na cidade a campanha “Dê a Mão para o Futuro - Reciclagem, Trabalho e Renda". Com o apoio da Sedema, cooperados da Reciclador Solidário e funcionários da empresa Piracicaba Ambiental, folhetos e imãs de geladeira estão sendo entregues de porta a porta explicando o trabalho da coleta seletiva (dias de coleta, materiais recicláveis e tirando dúvidas da população).

O objetivo da campanha é chamar a atenção da população sobre a importância do descarte correto de recicláveis e seu impacto ambiental. O programa acontecerá durante 12 semanas, sendo nestas duas semanas iniciais nos bairros São Judas, São Dimas, Clube de Campo e Cidade Jardim

De acordo com o analista ambiental da Sedema, Bruno Delaroli, a campanha percorrerá todos os bairros da cidade durante esse tempo, de acordo com a programação estabelecida pela Sedema.  

Esta iniciativa tem apoio da Prefeitura, através de acordo firmado, na última quinta-feira (16), entre o secretário municipal de Defesa do Meio Ambiente (Sedema), Rogério Vidal, a cooperativa Reciclador Solidário, a empresa Ambiental e representantes da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC).

SOBRE O PROGRAMA

O programa “Dê a Mão para o Futuro” foi desenvolvido em 2006, pela ABIHPEC, como uma alternativa viável para suas associadas no gerenciamento de resíduos sólidos pós-consumo. Atualmente, conta com a parceria da Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins (Abipla) e da Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias e Pão & Bolo Industrializados (Abima).

As empresas que compõe as três associações (ABIHPEC, Abipla e Abima) ligadas ao programa são responsáveis pela maior parte das embalagens descartadas atualmente. Dessa forma, existe uma negociação com o Ministério do Meio Ambiente para definir um modelo de logística reversa a ser aplicado no país.

De acordo com o secretário Rogério Vidal, a experiência que as empresas tiveram em Piracicaba vem ajudando a definir esse modelo.

“Para nós, é de extrema importância a participação da cooperativa, por conta de sua proximidade com os moradores. Isso

facilita o trabalho e auxilia na conscientização”, explica o coordenador técnico do programa, Leandro Belini.

A campanha visa a melhoria do panorama nacional em relação à correta

destinação de resíduos sólidos urbanos, ajudando a reduzir o volume de materiais recicláveis que seriam destinados aos aterros; viabilizar a reciclagem das embalagens pós-consumo, por meio de ampliação e melhoria da coleta, triagem, beneficiamento, valorização e comercialização; desenvolver ações destinadas a apoiar programas de geração de trabalho e renda e que promovam a inclusão social, a melhoria das condições de trabalho e qualidade de vida dos catadores de materiais recicláveis, desenvolvendo programas integrados e sustentáveis; oferecer aos geradores de resíduos sólidos (toda a sociedade) uma opção adequada de gerenciamento de seus resíduos e oferecer aos recicladores e/ou indústrias transformadoras matérias-primas devidamente coletadas e processadas.

“A campanha é mais um passo em direção à aplicação de uma logística reversa. É a continuação da parceria firmada em 2013 e, com ela, prevemos o aumento da quantidade coletada seletivamente e a melhoria da consciência ambiental dos moradores de Piracicaba”, afirma Vidal.

Em 2006, o projeto-piloto foi implantado no Estado de Santa Catarina, em quatro municípios e 10 cooperativas, com a parceria da Fundação Banco do Brasil, e apresentou resultados surpreendentes, ultrapassando as metas estabelecidas no início do projeto.

Com esse sucesso, o programa foi colocado em prática nos estados Rio de Janeiro e Paraná, visando o cumprimento de exigências legais e, atualmente, está em implementação no Estado de São Paulo.

O Programa “Dê a Mão para o Futuro” foi apresentado ao Ministério do Meio Ambiente, a fim de atender à Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, que contempla as questões ambientais, de responsabilidade compartilhada e inclusão social, pontos considerados essenciais para as indústrias de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos.