sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Coleta Seletiva agora também para Isopor.

Piracicaba dá mais um passo na área de recicláveis. Coleta agora também isopor, o grande vilão na área dos recicláveis. A Cooperativa Reciclador Solidário está recebendo também este material, além dos materiais amplamente divulgado que é papel, papelão, vidro e lata.
O isopor pode ser entregue junto com o material reciclado da Coleta Seletiva de acordo com dias da s emana programados. Segundo a presidenta do Reciclador, que hoje faz parte de uma rede de 12 Cooperativas, Ednalva Inês Correia Souza, o isopor recolhido está sendo enviado para uma empresa de Rio Claro, a Termo Tec para reciclagem. Segundo ela, nos dois primeiros meses, a Cooperativa recolheu cerca de 750 kg/mês, na sua maioria de empresas.
ISOPOR
Hoje, o isopor está associado a um número cada vez maior de hábitos de consumo, seja para garantir que a cervejinha fique gelada, preservar medicamentos do calor excessivo ou qualquer outra das suas inúmeras funções.
Normalmente, na hora do descarte, ele acaba indo parar no lixo comum sem nenhuma cerimônia. Mas o que muita gente não sabe é que o isopor é um tipo de plástico e pode ser reciclado.
 Impacto ambiental
De acordo com análise realizada pela Unicamp, estima-se que o isopor leve cerca de 150 anos para ser totalmente degradado. Ao chegar ao meio ambiente, com o passar do tempo, o plástico se quebra dando origem ao microplástico, que possui a capacidade de absorver compostos químicos tóxicos, como agrotóxicos e pesticidas e metais pesados, como mercúrio e chumbo, presentes principalmente nos rios, lagos e oceanos.
Muitos animais como peixes, tartarugas, baleias e golfinhos confundem esse microplástico e pequenos pedaços de isopor com organismos marinhos, e acabam se “alimentando” deles. O resultado disso é a intoxicação não apenas dos animais marinhos, mas também de qualquer ser que se alimente deles, incluídos aí os seres humanos que se alimentam desses animais posteriormente.
Mas afinal o que o isopor?     
Segundo o site da http://www.ecycle.com.br/
O isopor é um produto sintético proveniente do petróleo.  Segundo a Associação Brasileira de Poliestireno Expandido (ABRAPEX), o poliestireno expandido (nome técnico do isopor) não contém quaisquer produtos tóxicos ou perigosos para o ambiente e sua produção é isenta de CFCs.  O gás contido nas “células” que juntas formam o isopor é o ar.
O estireno, a principal matéria-prima utilizada na produção do isopor, é composto químico que foi objeto de dezenas de estudos desde que os plásticos foram desenvolvidos. A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) encara essa substância com desconfiança.
Após observar profissionais que tem contato diário com esse produto, a agência constatou que pessoas expostas ao estireno passaram a sofrer de problemas de saúde como dores de cabeça, depressão, perda auditiva e problemas neurológicos.
De acordo com a EPA, “vários estudos epidemiológicos sugerem vínculo entre a exposição ao estireno e um aumento no risco de leucemia e linfoma. Entretanto, as evidências não são conclusivas devido à exposição a múltiplas substâncias químicas e a informação insuficiente sobre os níveis e a duração da exposição”.
Problemas da reciclagem
De acordo com estudo realizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul(UFRGS), anualmente, são consumidos cerca de 2,5 milhões de toneladas de isopor em todo o mundo. No Brasil, o consumo é de 36,6 mil toneladas, cerca de 1,5% do total.
O principal problema para a reciclagem desse tipo de produto é a viabilidade econômica. O isopor, além de levíssimo, ocupa um espaço muito grande, o que corrobora para seu baixo preço de venda. Isso faz com que não seja uma opção viável para catadores e cooperativas. Mas seja consciente e procure um ponto de descarte próximo de sua casa.

O Meio Ambiente agradece. 

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