A Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente –
Sedema promoveu nesta quinta-feira (03/) o Encontro Técnico de Arborização
Urbana. Com o tema “Desafios e Perspectivas da arborização Urbana”, o evento
aconteceu no Espaço Viver com Ciência, em Piracicaba e contou com a presença de
técnicos do setor de arborização da secretaria, gestores e técnicos de
arborização de outras doze cidades do Aglomerado Urbano: Leme, Limeira, Santa
Bárbara D’Oeste, Araras, Capivari, Mombuca, Saltinho, Aguas de São Pedro e
Conchal. O evento contou também com a presença do diretor-presidente da Engemaia, Dr. Pedro Maia, da cidade de
Recife- PE.
A proposta do encontro, conhecer novas propostas na área
de manejo da arborização urbana, trocar experiências, discutir os problemas
recorrentes e comuns a todas as cidades. Os participantes elogiaram a
oportunidade rara de debater problemas comuns a todos em maior ou menor escala
para manutenção das árvores de parques, caçadas e áreas verdes.
Um dos temas debatidos na mesa redonda que aconteceu no
final do evento foi a importância sobre as ações promovidas pelo trabalho de
educação ambiental com o objetivo de conscientizar e sensibilizar a comunidade
sobre os benefícios da arborização urbana.
Representando a secretaria
o Engenheiro Agrônomo, Carlos Ambrosano, abriu o evento fazendo uma analogia sobre
as condições da espécie arbórea na sua condição normal no campo e sua adaptação
na área urbana, principalmente nas calçadas onde encontra várias situações
desfavoráveis como por exemplo a limitação da raiz nas calçadas e os
equipamentos urbanos como postes, fiação, construção e sinalização de transito,
etc.
Ambrosano citou também os
problemas enfrentados pelos técnicos do setor de arborização urbana desde a
criação da Sedema em 1989, quando a secretaria possuía uma demanda grande com
poucos funcionários e poucos equipamentos. E hoje, com a tecnologia agregada que tem
auxiliado os técnicos de arborização na sua avaliação.
Duas palestras marcaram o evento: a primeira com Eng°
Agrônomo, Joaquim Teotônio Cavalcanti Neto, diretor da empresa Plant Care – Saúde
das Arvores, uma empresa especializada em manejo integrado de árvores,
palmeiras e áreas verdes, além de realizar diagnósticos e supressões de árvores
em risco de queda.
O agrônomo, iniciou suas atividades em 1986, dirigindo
Parques Públicos do Estado de São Paulo e da capital (Parque Estadual de Ilha
Bela, Ilha do Cardoso, Parque da Água Branca e Parque do Ibirapuera), com
grande esforço em manter as árvores sadias sem riscos à população, falou sobre
“Perspectivas da Arborização Urbana”
Teotônio comentou: “falar de educação ambiental na
arborização urbana tem sido um grande desafio” enquanto exibia slides de
situações caóticas, como centenas de casas construídas à beira de morros e
córregos poluídos na cidade de São Paulo ou centenas fios nos postes destes
locais com alto adensamento populacional que dificultam ou inviabilizam o
plantio
de árvores. Muitos locais nem calçada tem, nem uma praça ou jardim. O agrônomo
citou também a importância de uma visão mais humanista dos representantes do
poder público, par poder criar condições e gerar maior qualidade de vida para a
população.
O segundo palestrante, Professor e Doutor Demostenes
Ferreira da
Silva Filho, do Departamento de Ciências Florestais da Escola
Superior de Agronomia “Luís de Queiroz” – Esalq, falou sobre o “Instrumento de
Planejamento e Gestão de Arborização Urbana”.
Professor Demóstenes participa de outras 4 disciplinas.
Coordena 3 disciplinas de pós-graduação e é líder do grupo de pesquisa
Silvicultura urbana do CNPq Foi coordenador do curso de Gestão Ambiental da
ESALQ de 2008 a 2010 e desde essa data possui
inovadora disciplina de Resolução
de Problemas Florestais junto ao Curso de Engenharia Florestal da Escola de
Agronomia.
Representando a área acadêmica, professor Demóstenes
falou sobre a importância das Florestas Urbanas. “A presença de áreas verdes
nas cidades traz inúmeras melhorias entre outras, a diminuição dos fenômenos
conhecidos como ilhas de calor, amenização de inundações e de problemas
respiratórios na população, além de exercerem funções estética, de lazer e
educacional.
Os elementos vegetativos urbanos contribuem para a
melhoria da qualidade do ar, o conforto térmico, acústico e psicológico são
exemplos de benefícios que as árvores trazem ao ambiente urbano. Ruas
arborizadas e áreas públicas desempenham outras funções como servir de abrigo à
fauna, de proteção a cursos d'água, etc.
O Professor comentou sobre os trabalhos técnicos e as
pesquisas desenvolvidas pelo seu departamento da Universidade: um deles sobre a
cobertura arbórea urbana, que tem o objetivo de classificar e quantificar os
espaços livres de edificação e avaliação da floresta urbana.
Além disso, comentou também sobre a necessidade de
capacitar e certificar técnicos em técnicas inovadoras de avaliação de árvores para
avaliação de árvores maduras, em parques e arborização viária, buscando melhores
instrumentos para o manejo em silvicultura urbana.
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