sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Conselho Consultivo da Estação Ecológica de IBICATU tomou posse esta semana




O Conselho Gestor da Estação Ecológica de IBICATU tomou posse nesta terça-feira, 18/12.  O evento no Centro Espírita Beneficente União do Vegetal, no bairro Floresta em Piracicaba/SP durante a reunião presidida pelo Sr. Antônio Álvaro Buso Júnior – gestor da Unidade.
A gestão da Unidade está sob responsabilidade da Fundação Florestal, entidade da administração pública indireta, vinculada a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo – SMA.
O Conselho Gestor instituído através da Resolução SMA 166/2018, de 30/11 passa a ter a seguinte composição:
I -  Poder Público:
a) Pela Fundação para a Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo: Antônio Álvaro Buso Júnior - titular, e João Marcelo Elias - suplente;
b) Pelo Município de Piracicaba - Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente: Giovanni Batista Campos - titular, e Antônio Salvador Castello - suplente;
c) Pela Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento - Coordenadoria de
Assistência Técnica Integral - CATI: Sabrina Talitha Bakker – titular, e Ângelo Cesar Bosqueiro - suplente;
d) Pela Universidade de São Paulo - Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - ESALQ: Flavio Bertin Gandara Mendes - titular, e
Ricardo Ribeiro Rodrigues - suplente;
II -  Sociedade Civil:
a) Pela Pira 21 Piracicaba Realizando o Futuro: Ely Eser Barreto Cesar - titular, e pela Associação Novo Encanto de Desenvolvimento Ecológico, Paulo Busato - suplente;
b) Pela Associação dos Fornecedores de Cana de Piracicaba - AFOCAPI: Rodrigo Cristofoletti - titular, e José Rodolfo Penatti - como suplente;
c) Pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar de Piracicaba e Saltinho: Aparecida de Jesus Pino Camargo - titular, e Aparecida Lurdes Pino - suplente; e
d) Pela Cooperativa dos Produtores de Milhos de Piracicaba e Região - COPIMAYS: Noedir Pereira Granja - titular, e Pedro Ildeberto Polizel - como suplente.
O Conselho Gestor tem caráter consultivo e o mandato dos conselheiros será de 02 (dois) anos, renovável por igual período.
Além da posse dos conselheiros, durante a reunião foram estabelecidas as principais metas de trabalho do Conselho Gestor da Estação Ecológica de IBICATU para o ano de 2019, entre elas: a elaboração do Regimento Interno do Conselho Gestor e do Plano de Manejo da Unidade - documento que estabelece as normas, restrições para o uso, ações a serem desenvolvidas e manejo dos recursos naturais da UC, seu entorno e, quando for o caso, os corredores ecológicos a ela associados, podendo também incluir a implantação de estruturas físicas dentro da UC, visando minimizar os impactos negativos sobre a UC, garantir a manutenção dos processos ecológicos e prevenir a simplificação dos sistemas naturais.

Estação Ecológica de IBICATU


A unidade de conservação de proteção integral -  Estação Ecológica de IBICATU, situada no município de Piracicaba, Estado de São Paulo, possui uma área de 76,40 hectares, cujo objetivo é a proteção ao ambiente natural, a realização de pesquisas básicas e aplicadas e o desenvolvimento de programas de educação conservacionistas.
A Estação Ecológica (ESEC) de IBICATU situada na região centro-oeste de Piracicaba apresenta “altitudes entre 540-580m, próxima à linha de interflúvios que dividem as águas destinadas aos rios Piracicaba e Tietê”. O Bioma é Mata Atlântica (Floresta Estacional Semidecidual).
A área possui um patrimônio natural de valor inestimável por possuir uma paisagem cênica impar, representada por majestosos exemplares de jequitibás (Cariniana legalis), remanescentes da Floresta Estacional Semidecidual do interior do Estado, e outras espécies como a carrapateira (Metrodorea nigra), a laranjeira-do-mato (Actinostemon concolor), o guarantã (Esombeckia leiocarpa) e a peroba-rosa (Aspidosperma polyneuron). Tem ainda grande importância para a regularização climática, para manutenção dos recursos hídricos, para a estabilidade do solo, para abrigo e alimentação da fauna e como fonte de diversos recursos vegetais da região.
Por ser uma unidade de conservação do grupo de Proteção Integral, tendo sido
categorizada como Estação Ecológica, somente são permitidas pesquisas científicas e a visitação pública, via de regra, é proibida, permitindo-se somente quando com objetivos educacionais e de acordo com o que dispuser o Plano de Manejo, nos termos do art. 9º, §2º da Lei Federal nº 9.985/00 (SNUC).

Objetivos específicos - gestão da U.C.-Ibicatu
·         preservar e proteger os recursos naturais, bem como serviços ambientais da Estação Ecológica;
·         proteger e estimular a restauração das manchas de vegetação natural e do entorno, de
forma a propiciar, em futuro próximo, um maior segmento de Florestas;
·         preservar e proteger a flora e fauna, especialmente as espécies raras e ameaçadas de extinção;
·         propiciar a pesquisa científica orientada ao reconhecimento e manejo dos elementos naturais e da área do entorno, especialmente no que se refere a diversidade, ecologia das espécies e dinâmica populacional;
·         propiciar educação ambiental, voltada à conservação dos recursos naturais e culturais;
·         conduzir um estreitamento de relações entre a Estação Ecológica e a comunidade do entorno, por meio do desenvolvimento de atividades de educação e visitação monitorada;
·         estimular a interligação entre a vegetação da Estação Ecológica e dos fragmentos de floresta na região de entorno; e
·         realizar estudos com vistas ao estabelecimento de conectividade entre os diversos fragmentos florestais e matas ciliares.

Contextualização Histórica

Pertencente a um dos senadores de renome da República Velha - Manoel de Moraes Barros, irmão do primeiro presidente civil do Brasil, Prudente de Moraes - as terras das fazendas Boa Esperança, Ibicatu, Pico Alto - hoje Pau D’Alho - foram herdadas por seus filhos.
Um dos bisnetos, Armando de Moraes Barros conta que a fazenda foi dividida após a morte do senador. Entre os herdeiros das terras dominadas por cafezais, estava o avô do engenheiro - Paulo de Moraes Barros - que continuou a plantar café, algodão e a criar gado. Sem precisar ao certo quantos alqueires englobavam a fazenda original, o descendente dos Moraes Barros explica que depois da morte do pai dele - Paulo de Moraes Barros Filho - a fazenda foi novamente dividida.
Atualmente, a fazenda Boa Esperança, com 419 alqueires, pertence aos descendentes do senador. Quando pertencia ao avô, a fazenda tinha 1923 alqueires. Armando e Paulo de Moraes Barros Neto são os herdeiros vivos de Moraes Barros. Eles ficaram com a parte da fazenda original, onde havia a sede secundária, em ruínas desde a década de 1960. A casa sede ficava do outro lado, na fazenda Pau D’Alho, cujas terras foram compradas por outra família.
Fonte: Fundação Florestal / SMA SP / MMA Brasil.

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