O Conselho Gestor da Estação Ecológica de IBICATU tomou
posse nesta terça-feira, 18/12. O evento
no Centro Espírita Beneficente União do Vegetal, no bairro Floresta em
Piracicaba/SP durante a reunião presidida pelo Sr. Antônio Álvaro Buso Júnior –
gestor da Unidade.
A gestão da Unidade está sob responsabilidade da
Fundação Florestal, entidade da administração pública indireta, vinculada a
Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo – SMA.
O Conselho Gestor instituído através da Resolução SMA
166/2018, de 30/11 passa a ter a seguinte composição:
I
- Poder Público:
a) Pela Fundação para a Conservação e a Produção
Florestal do Estado de São Paulo: Antônio Álvaro Buso Júnior - titular, e João
Marcelo Elias - suplente;
b) Pelo Município de Piracicaba - Secretaria Municipal
de Defesa do Meio Ambiente: Giovanni Batista Campos - titular, e Antônio
Salvador Castello - suplente;
Assistência Técnica Integral - CATI: Sabrina Talitha
Bakker – titular, e Ângelo Cesar Bosqueiro - suplente;
d) Pela Universidade de São Paulo - Escola Superior de
Agricultura “Luiz de Queiroz” - ESALQ: Flavio Bertin Gandara Mendes - titular,
e
Ricardo Ribeiro Rodrigues - suplente;
II
- Sociedade Civil:
a) Pela Pira 21 Piracicaba Realizando o Futuro: Ely
Eser Barreto Cesar - titular, e pela Associação Novo Encanto de Desenvolvimento
Ecológico, Paulo Busato - suplente;
b) Pela Associação dos Fornecedores de Cana de
Piracicaba - AFOCAPI: Rodrigo Cristofoletti - titular, e José Rodolfo Penatti -
como suplente;
c) Pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras na
Agricultura Familiar de Piracicaba e Saltinho: Aparecida de Jesus Pino Camargo
- titular, e Aparecida Lurdes Pino - suplente; e
d) Pela Cooperativa dos Produtores de Milhos de
Piracicaba e Região - COPIMAYS: Noedir Pereira Granja - titular, e Pedro
Ildeberto Polizel - como suplente.
O Conselho Gestor tem caráter consultivo e o mandato
dos conselheiros será de 02 (dois) anos, renovável por igual período.
Além da posse dos conselheiros, durante a reunião foram
estabelecidas as principais metas de trabalho do Conselho Gestor da Estação
Ecológica de IBICATU para o ano de 2019, entre elas: a elaboração do Regimento
Interno do Conselho Gestor e do Plano de Manejo da Unidade - documento que estabelece
as normas, restrições para o uso, ações a serem desenvolvidas e manejo dos
recursos naturais da UC, seu entorno e, quando for o caso, os corredores
ecológicos a ela associados, podendo também incluir a implantação de estruturas
físicas dentro da UC, visando minimizar os impactos negativos sobre a UC,
garantir a manutenção dos processos ecológicos e prevenir a simplificação dos
sistemas naturais.
A unidade de conservação de proteção integral - Estação
Ecológica de IBICATU, situada no município de Piracicaba, Estado de São
Paulo, possui uma área de 76,40 hectares, cujo objetivo é a proteção ao
ambiente natural, a realização de pesquisas básicas e aplicadas e o
desenvolvimento de programas de educação conservacionistas.
A Estação Ecológica (ESEC) de IBICATU situada na
região centro-oeste de Piracicaba apresenta “altitudes entre 540-580m, próxima
à linha de interflúvios que dividem as águas destinadas aos rios Piracicaba e
Tietê”. O Bioma é Mata Atlântica (Floresta Estacional Semidecidual).
A área possui um patrimônio natural de valor
inestimável por possuir uma paisagem cênica impar, representada por majestosos
exemplares de jequitibás (Cariniana
legalis), remanescentes da Floresta Estacional Semidecidual do interior do
Estado, e outras espécies como a carrapateira (Metrodorea nigra), a laranjeira-do-mato (Actinostemon concolor), o guarantã (Esombeckia leiocarpa) e a peroba-rosa (Aspidosperma polyneuron). Tem ainda grande importância para a
regularização climática, para manutenção dos recursos hídricos, para a
estabilidade do solo, para abrigo e alimentação da fauna e como fonte de diversos
recursos vegetais da região.
Por ser uma unidade de conservação do grupo de
Proteção Integral, tendo sido
categorizada como Estação Ecológica, somente são permitidas pesquisas científicas e a visitação pública, via de regra, é proibida, permitindo-se somente quando com objetivos educacionais e de acordo com o que dispuser o Plano de Manejo, nos termos do art. 9º, §2º da Lei Federal nº 9.985/00 (SNUC).
categorizada como Estação Ecológica, somente são permitidas pesquisas científicas e a visitação pública, via de regra, é proibida, permitindo-se somente quando com objetivos educacionais e de acordo com o que dispuser o Plano de Manejo, nos termos do art. 9º, §2º da Lei Federal nº 9.985/00 (SNUC).
Objetivos
específicos - gestão da U.C.-Ibicatu
·
preservar e proteger os recursos naturais,
bem como serviços ambientais da Estação Ecológica;
·
proteger e estimular a restauração das
manchas de vegetação natural e do entorno, de
forma a propiciar, em futuro próximo, um maior segmento de Florestas;
forma a propiciar, em futuro próximo, um maior segmento de Florestas;
·
preservar e proteger a flora e fauna,
especialmente as espécies raras e ameaçadas de extinção;
·
propiciar a pesquisa científica orientada
ao reconhecimento e manejo dos elementos naturais e da área do entorno,
especialmente no que se refere a diversidade, ecologia das espécies e dinâmica
populacional;
·
propiciar educação ambiental, voltada à
conservação dos recursos naturais e culturais;
·
conduzir um estreitamento de relações
entre a Estação Ecológica e a comunidade do entorno, por meio do
desenvolvimento de atividades de educação e visitação monitorada;
·
estimular a interligação entre a vegetação
da Estação Ecológica e dos fragmentos de floresta na região de entorno; e
·
realizar estudos com vistas ao
estabelecimento de conectividade entre os diversos fragmentos florestais e
matas ciliares.
Contextualização
Histórica
Pertencente a um dos senadores de renome da República
Velha - Manoel de Moraes Barros, irmão do primeiro presidente civil do Brasil,
Prudente de Moraes - as terras das fazendas Boa Esperança, Ibicatu, Pico Alto -
hoje Pau D’Alho - foram herdadas por seus filhos.
Um dos bisnetos, Armando de Moraes Barros conta que a
fazenda foi dividida após a morte do senador. Entre os herdeiros das terras
dominadas por cafezais, estava o avô do engenheiro - Paulo de Moraes Barros -
que continuou a plantar café, algodão e a criar gado. Sem precisar ao certo
quantos alqueires englobavam a fazenda original, o descendente dos Moraes
Barros explica que depois da morte do pai dele - Paulo de Moraes Barros Filho -
a fazenda foi novamente dividida.
Atualmente, a fazenda Boa Esperança, com 419
alqueires, pertence aos descendentes do senador. Quando pertencia ao avô, a
fazenda tinha 1923 alqueires. Armando e Paulo de Moraes Barros Neto são os
herdeiros vivos de Moraes Barros. Eles ficaram com a parte da fazenda original,
onde havia a sede secundária, em ruínas desde a década de 1960. A casa sede
ficava do outro lado, na fazenda Pau D’Alho, cujas terras foram compradas por
outra família.
Fonte:
Fundação Florestal / SMA SP / MMA Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário