sexta-feira, 5 de julho de 2019

Sedema promove votação para escolha da árvore símbolo do Jardim Botânico.


O resultado será divulgado em agosto dentro da programação de aniversário da cidade

 A Prefeitura Municipal de Piracicaba, por meio da Secretaria de Defesa do Meio Ambiente (SEDEMA) está lançando um concurso para a escolha da árvore símbolo do Jardim Botânico de Piracicaba. A escolha será feita através de votação entre cinco (05) árvores, sugeridas por especialistas, todas nativas das florestas de Piracicaba.

O objetivo é envolver o maior número de pessoas para que possam participar da criação deste jardim. A votação iniciou agora em julho e vai até meados de agosto e pode ser feita de duas formas: pela internet através do site/link: https://sedema.wixsite.com/sedema/jardimbotanico.

O resultado será divulgado durante a programação de comemoração do aniversário da cidade em agosto depois que encerrar a votação que acontecerá também entre os alunos dos 5º anos das escolas da Rede Municipal na primeira quinzena.

Conheça as “candidatas”:

Jequitibá-rosa -  árvore símbolo do Estado de São Paulo e uma das maiores árvores do Brasil, podendo atingir até 50 m de altura. Possui flores brancas com detalhes em vermelho. Algumas árvores desta espécie chegam a 3.000 anos e há majestosos exemplares delas na Estação Ecológica de Ibicatu, unidade de conservação situada no município de Piracicaba.

Tamboril: árvore com flores amarelo-claras e fruto semelhante a uma orelha. A madeira é leve e flutua facilmente, o que fez com que fosse intensamente utilizada para produção de canoas e barcos no passado, inclusive nos estaleiros nos arredores do Rio Piracicaba, por isso sua importância histórica para Piracicaba, principalmente no que diz respeito ao início da industrialização.

Caviúna: A espécie ocorre desde o nordeste brasileiro até o Paraná. Apresenta tronco cascudo e flores roxas. A madeira apresenta longa durabilidade e é uma das mais bonitas da flora brasileira, tendo sido no passado uma das mais utilizadas na fabricação de móveis de luxo, devido à beleza da sua coloração com tons castanhos e amarelados.

Pau-marfim: É uma árvore muito alta com flores amarelas que foi intensamente explorada no século XX no estado de São Paulo devido à madeira clara, utilizada em móveis de luxo. A coloração da madeira remete às presas dos elefantes a partir da qual era produzido o marfim, e por isso a árvore recebeu esse nome. Consta de listas de espécies ameaçadas de extinção.

Peroba-rosa: É uma árvore muito robusta, possui flores amarelas e madeira muito densa e durável, o que fez com que fosse intensamente explorada no interior de São Paulo para a produção de móveis, janelas, portas, entre outros. Consta de listas de espécies ameaçadas de extinção.

Informações mais detalhadas sobre as espécies canditadas:
Em sentido horário, acima, à esquerda: Jequitibá, peroba-rosa, pau-marfim, tamboril e caviúna

O concurso da árvore símbolo do Jardim Botânico de Piracicaba foi criada pela equipe técnica da Sedema: Engenheira Agrônoma Clementina Rossin, Arquiteta e paisagista Claudia Nogueira, Analista ambiental Juliana Gragnani e conta também com o apoio dos seguintes parceiros: Herbário ESA, através do Professor Vinícius Castro Souza, Professor Marcelo Machado Leão, Ph.D. e Dr Flávio Leão; Associação dos Amigos do Jardim Botânico, através do seu associado fundador Urbano Campos Ribeiral Junior; Rede Brasileira de Jardins Botânicos, através do seu presidente, João Neves Toledo.

Mais informações pelo telefone 3403-1245

Um comentário:

  1. Legal a iniciativa! Faltou a árvore mais usada no século XIX em Piracicaba, o guarantã (Esenbeckia leiocarpa), usada para pontes, construção civil e pontes, como atestado pelo Historiador Leandro Guerrini:
    "1855, 6 DE MAIO - Ordens dos vereadores ao fiscal: que mandasse
    fazer cêrca de guarantans, no cemitério, visto a Fábrica (igreja), não ter
    dinheiro para taipas; que fizesse empréstimo aos cofres municipais até
    que o fabriqueiro tivesse dinheiro para tal; que determinasse ao sacristão
    examinasse as covas para os corpos, depois de enterrados, para que
    não exalassem mau cheiro; que providenciasse para que o portão do
    cemitério não ficasse sempre aberto."
    História de Piracicaba em Quadrinhos - 1° Volume J Leandro Guerrini. - Piracicaba, SP: Equilíbrio : Instituto Histórico e Geográfico - IHGP, 2009.
    402p.

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