No Dia da Terra, (22/04) a Piracicaba Ambiental apresenta
a Usina de Reciclagem que deve reduzir em mais de 80 % o aterramento do lixo na
cidade.
A Prefeitura, através da Sedema promoveu na manhã desta quarta-feira
(22/04) uma visita de vereadores e técnicos da Cetesb à Central de Tratamento
de Resíduos Sólidos, CTR que está construída por meio da PPP (Parceria Público
Privada) pela Piracicaba Ambiental.
A empresa Piracicaba Ambiental, em operação na cidade desde
2013 é formada através do consórcio das empresas Enob - Engenharia Ambiental
Ltda. e Kuttner GMBH & CO.KG, esta última, empresa alemã detentora da
tecnologia que está finalizando a implantação da usina de tratamento.
O complexo denominado Ecoparque, está localizado no
Bairro Palmeiras, rodovia Deputado Laércio Corte (SP-147) criado para o reaproveitamento
de resíduos orgânicos e inorgânicos está funcionando em fase de teste, deverá
iniciar as operações no próximo mês.
Os visitantes foram recebidos pelo presidente da
empresa, Dr. Gerson De
Gruttola, que fez a explanação da empresa em quadros, números,
cronograma e depois pode acompanhá-los nas instalações do complexo Ecoparque.
Além da construção da Usina de Tratamento de Resíduos
Urbanos, da Central de Triagem de Materiais Recicláveis e as instalações
operacionais, a Piracicaba Ambiental está executando o encerramento do antigo Aterro
do Pau Queimado. Além da coleta de resíduos domésticos, a empresa promove o
recolhimento da coleta seletiva (expandida para 100 % da área urbana e planos
para a área rural), além do serviço de recolhimento de inservíveis Cata
Cacareco e varrição de vias públicas, sacolões, praças e jardins.
Com investimento de R$ 250 milhões, a CTR deverá começar
a funcionar no próximo mês, segundo o presidente da Ambiental, Gerson de
Grutolla. O valor do contrato da PPP, iniciada em 2012, é de R$ 1,8 bilhão por
20 anos.
Com o funcionamento da usina, a Ambiental deixará de
pagar o valor próximo de R$ 1,2 milhão mensalmente para enviar o lixo de Piracicaba
a Paulínia. O complexo todo, com aterro, deverá iniciar a operação até meados
de 2016.
Grutolla, prevê que até outubro, Piracicaba deverá atingir
400 toneladas/dia. Além destas toneladas geradas por dia em Piracicaba, a
Central está apta para tratar e transformar em biogás e CDR (Combustível
Derivado de Resíduo), até 2.000 toneladas de lixo/dia.
Com isso o Central tem a capacidade de atender os 22
municípios do Aglomerado Urbano e mais oito do Consimares (Consórcio Intermunicipal
de Manejo de Resíduos Sólidos), que inclui Sumaré, Americana, Hortolândia,
Monte Mor, Nova Odessa, Santa Bárbara D’Oeste, Capivari e Elias Fausto,
comentou Gruttola.
“É essa a tendência”, comentou o Prefeito Gabriel
Ferrato. Com 550 mil metros quadrados e modernas instalações, segundo o Prefeito
“o Ecoparque atende integralmente o que preconiza o Plano Nacional de Resíduos
Sólidos (Lei 12.305/2010). O Plano estimula a parceria entre os municípios pois
não há como ter um investimento desta natureza”, disse.
“Não acredito que todas as cidades irão trazer (o lixo).
Talvez vai resolver o
problema das mais próximas, que podem ser cobradas pelo
Ministério Público e será algo a médio prazo”, disse o secretário de Defesa do
Meio Ambiente, Rogério Vidal.
Vidal ressaltou que a central é pioneira no país e que
sobrará menos de 20% de rejeito, o que não é mais possível de ser
reaproveitado. “É uma tecnologia de primeiro mundo. O chorume (líquido que sai
do lixo) irá para uma estação de tratamento de esgoto e os gases não serão
jogados na atmosfera”, disse.
A Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento
Ambiental) emitiu licença parcial para a liberação do funcionamento da parte
inorgânica da central. Para o aterro, conforme a gerente da agência local do
órgão, Ednéa Parada, será necessária outra licença, emitida somente após a
discussão sobre o Eia Rima (Estudo e Relatório de Impacto ao Meio Ambiente), o
que acontecerá em audiência pública no dia 28, às 17h, no auditório da Prefeitura.