A audiência pública promovida pela Câmara Municipal esta
semana para discutir a Coleta Seletiva contou com a presença, além dos
vereadores, técnicos da Sedema, representantes da Cooperativa Reciclador
Solidário de Piracicaba, integrantes do movimento nacional da categoria e.
Outro ponto apresentado pelos representantes da
Cooperativa é com relação à diminuição da quantidade de material reciclável coletado
e que segundo elas, por conta disso, a Cooperativa está ociosa. De acordo com a
assistente social do Reciclador, Celia Carlin, “ desde fevereiro deste ano, a
coleta foi reduzida e agora em março também não aumentou”.
Atualmente a coleta dos recicláveis chega a 225 toneladas/mês.
Carlin questionou inclusive a diferença da pesagem. Neste momento, o gerente da
empresa Ambiental, Claudionor Siqueira de Lira, disse desconhecer que haja
desvio desse material que é encaminhado ao
Reciclador Solidário. Segundo o
gerente da empresa, ele tem informação que o material da coleta seletiva tem
sim, sido recolhido antes mesmo dos caminhões da empresa, por catadores
independentes e até de outras cidades”.
O Procurador-geral do município, Milton Sérgio Bissolli,
comentou que a política de reciclagem tem “conseguido alguns avanços” em
Piracicaba já no início do ano. Representando a Prefeitura, o procurador e se
comprometeu a buscar novas medidas que deem viabilidade à cooperativa de
catadores.
Com relação ao novo barracão, Bissoli disse, que, em
relação ao não investimento de R$ 6 milhões em uma nova sede administrativa oc0orreu
porque simplesmente o dinheiro não havia sido empenhado no orçamento na
administração anterior. “Sem o dinheiro,
não há como fazer”, disse. O procurador colocou seu gabinete a disposição.
O procurador-geral do município, afirmou também que é
preciso rever a estrutura da Cooperativa e prometeu se reunir com todos os
técnicos envolvidos e também com a fiscalização para apurar as denúncias da
representante da cooperativa. “Se for constatado indício de irregularidade pode
ser aberta sindicância”.
A Prefeitura mantém convênio com a Cooperativa
Reciclador Solidário que hoje conta com 68 cooperados com média salarial de R$
905,50.
Dos resíduos coletados na cidade 36% são recicláveis. Desses
36%, mais de 8% estão sendo coletados porta a porta pela empresa Piracicaba
Ambiental que trabalha com 12 caminhões e atende 64 bairros a partir de agosto
de 2012.
Apesar da melhoria da estrutura deste serviço com a
vinda da empresa Piracicaba Ambiental com mais caminhões e ajudantes, um dos
fatores que tem contribuído para diminuição do volume de material reciclável é crise
financeira que está influenciando no consumo do brasileiro e que ocasionou a
queda até mesmo da produção de lixo doméstico, conforme comentou o gerente da
Ambiental.
Outra consequência é que a crise financeira trouxe de
volta às ruas dezenas de desempregados que acabam trabalhando como catador para
sobreviver. O aumento deste trabalho informal pode ser observado também nas ruas
de Piracicaba.
É o caso de César Eduardo Ferezini, 47 anos, solteiro,
morador do Bairro Jaraguá. Ferezini, cata papelão no Centro da cidade há quase
dois anos. Ex-funcionário de uma empresa do Bairro São Jorge, ele conta que
hoje está aumentando “a concorrência entre os próprios catadores. Cada dia
aumenta mais carrinhos e até caminhões recolhendo papelão do comercio do
Centro.
Outra dificuldade apontada pelo catador, é “hoje, muitos
comerciantes grandes, como supermercados, varejões tem sua própria prensa,
então eles ficam com este material e vendem direto”.
O catador estava acompanhado do pai, Roque Ferezini, de
81 anos, aposentado do comércio. Ao explicar o motivo de estar ali, Sr. Roque explica
que além de poder ajudar o filho ele próprio precisa deste trabalha para
melhorar a renda da família.
Enquanto ajudava o filho acomodar dezenas de caixas de
papelão em um Volkswagen, eles explicaram que a Kombi usada por eles havia
quebrado a algumas quadras dali. Sobre a atividade de catador do filho, Sr. Roque
falou “ acho um trabalho digno, ele hoje mora com a gente com o pai e a mãe. E
a gente tem que se virar para ganhar o pão de cada dia”
Para informações sobre COLETA SELETIVA ligue
0800 7773133 da empresa Piracicaba Ambiental.
A programação completa já está disponível no site da
Sedema. Confira o link:
Dicas
para melhoria da eficiência e aproveitamento dos materiais recicláveis.
A Coleta Seletiva acontece em dias alternados do lixo
doméstico para não misturar.
Para garantir o aproveitamento do material potencialmente
reciclável a regra é simples: as pessoas devem separar os resíduos domésticos
em dois recipientes em casa e em sacos de cores diferentes e colocar na
residência, próximo ao horário de recolhimento.
As embalagens amarradas e os bem os sacos bem fechados,
além de ajudar o trabalho dos coletores, contribui para garantir o melhor aproveitamento
comercial dos materiais.
Materiais junto com os resíduos domésticos, perdem o
valor comercial. Por exemplo: o papelão se desfaz com a umidade, tornando-se
inaproveitável; o papel, assim como o plástico em filme (sacos e outras
embalagens) em contato com matéria orgânica, ficam sujos, perdendo valor; e os
recipientes de vidro e lata cheios com outros materiais dificultam na hora da seleção.
Todo material reciclável, pode ser colocado numa mesma
embalagem para o descarte. A triagem será feita na Cooperativa Reciclador
Solidário.
Materiais recicláveis
- Plásticos:
- Garrafas, embalagens de
produtos de limpeza;
- Potes de cremes, xampus;
- Tubos e canos;
- Brinquedos;
- Sacos, sacolas E
saquinhos de leite;
- Isopor;
- Alumínio:
- Latinhas de cerveja e
refrigerante;
- Esquadrias e molduras de
quadros;
- Molas e latas;
- Papel e papelão;
- Jornais, revistas,
impressos em geral;
- Papel de fax;
- Embalagens longa-vida;
- Vidro;
-
Frascos, garrafas.
A coleta seletiva e a reciclagem de lixo têm um papel muito
importante para o meio ambiente. Por meio delas, recuperam-se matérias-primas
que de outro modo seriam tiradas da natureza.
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