Depois de promover um debate sobre a execução de música em
bares, casas de eventos e similares, a Sedema deverá criar uma comissão para
dar encaminhamentos às reinvindicações dos participantes do 1º SEMINÁRIO MÚSICA E CULTURA
que aconteceu nesta terça-feira no Anfiteatro da Biblioteca Municipal.
O objetivo deste seminário era debater com proprietários de
bares, casas noturnas e locais com música ao vivo, sobre a execução de música
nestes estabelecimentos com a perturbação de sossego público da população
piracicabana.
Após a abertura do evento que contou com a presença do Prefeito
Barjas Negri e dos secretários do meio Ambiente José Otavio Menten e da
Secretaria da Cultura e turismo Rosangela Camolesi, o coordenador do evento, Fabiano
Bertin, engenheiro ambiental da Divisão de Fiscalização da Sedema, expos aos
participantes os procedimentos para obtenção da Licença para Execução de Música
– com ou sem isolamento acústico, falou sobre as leis e normas que regem as apresentações
musicais nos estabelecimentos instalados na cidade.
O promotor cultural Pablo Carajol Delvage e a cantora Thereza
Alves, representando os músicos e proprietários dos bares com música ao vivo na
cidade apontaram as dificuldades, fizeram algumas considerações e apresentaram algumas
sugestões. O produtor lembrou que “a cidade possui 250 anos de história de
cultura musical, mas a fiscalização tornou-se muito rígida. Pablo sugeriu que a
Prefeitura crie um estímulo para o funcionamento dos bares e não ao contrário”.
Thereza se mostrou otimista e falou que é muito importante que os dois lados se
mostrem abertos ao diálogo. “ O importante é que os dois lados se encontrem
desarmados e fazer as coisas com o coração. ”
Na abertura do evento, o prefeito Barjas Negri, disse que “é um
momento importante para
fazer uma reflexão. Ele lembrou que Piracicaba estimulou
a economia criativa, muitos empresários fizeram seus investimentos que ocasionou
o surgimento de muitos locais – “é preciso haver um diálogo, como este que está
havendo aqui hoje, ouvir as reivindicações, as críticas, e as sugestões para poder
definir como dever ser o comportamento do setor público”.
Barjas pediu para que haja mais flexibilidade na fiscalização, e
“isso deve ser regulamentado através de decreto ou de uma orientação. Mas isso
não significa que não se tenha de penalizar aquele que é abusivo”, finalizou.
O secretário José Otávio Menten falou da importância de se
harmonizar interesses. O secretário lembrou que “hoje existe muita tecnologia que
conseguem mitigar estes ruídos incômodos.”
Outro convidado, o engenheiro Abdo Osório Maluf Germano, falou
sobre aspectos técnicos para adequação dos estabelecimentos para o isolamento
acústico para o controle dos ruídos. Abdo elogiou a iniciativa inédita da Prefeitura
de promover um diálogo com os proprietários. “O importante é detectar a fonte
do ruído e sanar as questões. Se todos os bares seguirem as normas não vão ter problemas”.
No final do seminário, por sugestão do palestrante Pablo
Carajol, ficou acordado a criação de uma comissão, um grupo de estudos, que a partir
de agora deverá contribuir para as discussões, agilizar os encaminhamentos,
criando um canal de comunicação para auxiliar este segmento.
O papel desta comissão é buscar formas de conciliar e harmonizar
a execução de música nos estabelecimentos com o cotidiano dos moradores
vizinhos, considerando os diversos aspectos abordados no seminário formação da comissão de
estudos.
Vários participantes se colocaram à disposição para contribuir
nas discussões para o aprimoramento dos aspectos da regulamentação,
fiscalização e licenciamento da execução de música em bares e similares. Esta comissão
deverá ser formada, por um proprietário de bar; um proprietário de restaurante;
um produtor de eventos; dois músicos; e a ex-gerente da Agência da CETESB
Piracicaba.
Tudo é possível naquilo que se acredita / Talheres de prata para se comer de marmita ( el-dani )
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