O Rio Piracicaba
passou por momentos difíceis pela redução da água em virtude da
estiagem, resultando na mortandade de milhares de peixes. Este episódio triste
resultou em um forte atrativo para que a população participasse com
mais vontade e energia do 20º Arrastão Ecológico, realizado na
manhã de sábado, dia 15, às margens do Piracicaba. O evento
acontece anualmente e tem o apoio das secretarias de Defesa do Meio
Ambiente (Sedema) e a de Turismo.
Em cerca de 4 horas os
voluntários recolheram 1540 quilos de lixo reciclável, constituído
em sua maior parte por pneus, plástico, metais e papelão,
envolvendo 700 pessoas, segundo a organização. O prefeito Gabriel
Ferrato, os secretários municipais Rogério Vidal, da Defesa do Meio
Ambiente e Rose Massaruto, Turismo, o deputado estadual, Roberto
Moraes, grupos de escoteiros, voluntários e representantes da
iniciativa privada, participaram do evento.
Paralelamente
ao arrastão aconteceu a
Campanha RIO VIVO, realizada pela equipe do Nucleo de Educação
Ambiental – NEA/ Sedema e Setur, com o objetivo de estimular a
consciência ambiental com práticas educativas e o turismo
sustentável. Uma das práticas da Campanha aconteceu com a
realização da “Trilha do Rio”, uma caminhada monitorada de
observação ao longo do curso do Rio Piracicaba, onde monitores do
NEA abordaram vários temas relacionados ao Rio Piracicaba, inclusive
sobre a escassez da água e a forma de usá-la de modo consciente.
O coordenador do
evento, José Carlos Masson, explicou que o Arrastão tem a
finalidade de chamar a atenção de crianças, jovens e adultos para
a conscientização dos cuidados com nossos recursos naturais e
atentar as necessidades da preservação do Rio Piracicaba. “A
participação é uma maneira de sensibilizar a população para que
faça uma reflexão, para melhorar a qualidade de vida e do meio
ambiente”.
Masson ressalta que a
quantidade de lixo recolhido às margens do Piracicaba é o que menos
importa. “Só o fato de a cada ano estar aumentando a participação
de voluntários e da iniciativa privada, é motivo para
comemorações. É isto que pretendemos, ampliar o leque da
mobilização e acredito que estamos alcançando esta meta”.
O secretário de
Defesa do Meio Ambiente destacou o caráter simbólico do arrastão.
“Independente de quantidade de lixo recolhido, a limpeza e cuidado
com o Rio Piracicaba, deve ser uma ação constante, com as pessoas
se conscientizando da necessidade de se evitar o desperdício de água
e não jogar objetos poluentes em toda sua margem. O secretário
lembrou que não basta deixar de jogar lixo nas margens do Rio, em
qualquer ponto da cidade se descartarmos qualquer material, na rua,
na sarjeta, nos bueiros, a correnteza acaba trazendo para o rio. ”
Segundo Rogério
Vidal, descarte irregular deste material não se justifica: a Sedema
dispõe de ecopontos para onde podem ser depositado os resíduos da construção civil (entulho) , além de disponibilizar coleta seletiva na cidade
toda e ainda o Programa CataCacareco, que recolhe móveis velhos. -
“Portanto, a população hoje tem inúmeras opções para descartar seu lixo, seja ele doméstico ou reciclável”. A
mesma linha de raciocínio tem a secretária de Turismo, para quem as
margens do Piracicaba devem ser utilizadas de forma responsável,
para que ele continue sendo uma atração turística e essa união
entre Poder Público, população e iniciativa privada, é importante
nesse momento”.
O prefeito Gabriel
Ferrato disse que infelizmente o Arrastão neste ano, acontece em um
momento triste que foi a mortandade de peixes e a baixa vazão do
rio. Mas “a população piracicabana mostrou que está mobilizada
em torno de seu rio. Essas iniciativas são importantes para o futuro
das próximas gerações. Temos que tomar decisões agora para
preservar o rio. O Poder Público está fazendo sua parte e
Piracicaba está com 98% do esgoto coletado tratado e neste semestre
deve chegar a 100%”.
Mortandade de
peixes
A Secretaria de
Defesa de Meio Ambiente (Sedema) encerrou na sexta-feira os trabalhos
de retirada dos peixes mortos no Rio Piracicaba. A empresa Ambiental,
responsável pela limpeza da cidade, retirou 6.610 quilos de peixes e
demais objetos (garrafas, pneus e plásticos) jogados no rio.
O serviço começou na
manhã de quinta-feira. Os peixes foram levados à Área de
Transbordo e Triagem (ATT), do Pau Queimado e serão encaminhados aos
aterros licenciados, que já recebem o lixo doméstico de Piracicaba.
Portanto, somando-se
as duas ações foram retirados do Rio Piracicaba 8.150 quilos entre
peixes mortos e sujeira.
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