Após uma série de estudos e análises técnicas realizadas por um corpo de especialistas, a Sedema (Secretaria do Meio
Ambiente) determinou a necessidade, com urgência, da supressão de três árvores - da espécie falsa seringueira (fícus ellastico) - situadas na Praça da Boyes, ao lado da rua Luiz de Queiroz.
Os primeiros sinais de comprometimento das árvores foram verificados recentemente após repetidos episódios de quedas de grandes galhos situados na copa das seringueiras. Os trabalhos que verificaram as condições fitossanitárias das árvores tiveram início há um ano e foram coordenados pela equipe do departamento de arborização urbana da Sedema. O levantamento contou com o acompanhamento técnico de um entomologista ( especialista em insetos) da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil. O resultado do grupo de trabalho foi unânime ao apontar a necessidade imediata do corte das três árvores.
Por estarem doentes, as três seringueiras - com idade estimada entre 70 e 80 anos, portanto senis - oferecem riscos aos pedestres, motoristas, frequentadores e trabalhadores da praça e dos estabelecimentos comerciais situados nas imediações. Duas delas inclusive já estão ocas, apresentando alto sinal de necrose, além do problema de broca, um inseto altamente nocivo que ataca os pontos de transporte da seiva da árvore. Somado a isso, a madeira 'morta' estava infestada por cupins.
O corte das seringueiras, iniciado na segunda-feira (5), é executado por uma equipe de 10 funcionários da Engemaia (prestadora de serviços da Prefeitura) e deve se estender pelos próximos 20 dias. Por se tratar de árvores de grande porte, uma operação conjunta está sendo programada entre Sedema, Corpo de Bombeiros, Semuttran e e CPFL Paulista para que a ação seja executada com segurança.
De acordo com o secretário de Meio Ambiente José Otávio Machado Menten, a Sedema buscou uma série de alternativas a fim de evitar o corte das árvores, mas o processo foi irreversível, dada a decadência delas, já estava em estágio avançado. "Árvores são como seres humanos: jovens se recuperam melhor de doenças, enquanto idosos tendem a ter mais dificuldade. Sabemos do valor histórico e da importância dela na composição da paisagem daquele local, porém até mesmo para evitar o sofrimento das árvores e pensando na segurança dos munícipes, o corte foi autorizado", disse.
Mentem afirmou que após o corte das seringueiras, será elaborado estudo para definir o novo projeto paisagístico da praça da Boyes. "Nossa ideia é dar nova vida à praça, aproveitando as espécies já existentes, harmonizando-as com o plantio de novas árvores, estas adequadas ao perímetro urbano", disse.
Os galhos e troncos das seringueiras serão utilizados na produção de compostagem e adubo orgânico usado no viveiro de mudas da Sedema.
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