quinta-feira, 18 de abril de 2019

Palestra sobre Técnicas de Restauração Florestal




Na tarde dessa terça-feira, (09) no Anfiteatro do Museu da Água, o Prof. Titular do Departamento de Ciências Biológicas Ricardo Ribeiro Rodrigues – Esalq /USP ministrou a palestra “Metodologias mais recomendadas de restauração florestal.”
Professor Ricardo Ribeiro /Esalq/Usp
Convidado pelo Secretário do Meio Ambiente – Sedema, José Otavio Menten, o Professor Ricardo, que é também, um dos responsáveis pelo Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (LCB/ESALQ/USP), disse que o objetivo principal da palestra é “orientar técnicos da área ambiental de Piracicaba, sobre a necessidade de escolher bem as áreas a serem restauradas e metodologia mais adequada para cada área, visando a melhor relação custo/eficiência e o melhor provimento de serviços ecossistêmicos para a população”.
Organizada pela Prefeitura de Piracicaba, através da Secretaria de Defesa do Meio Ambiente (SEDEMA), a palestra contou com a participação de cerca de 20 técnicos que desenvolvem trabalhos relacionados ao tema na SEDEMA, na Agência PCJ, na COPLACANA, na CATI, entre outras instituições.
Em sua palestra, o Professor disse que “a restauração de APPs permite conservar solo, água e biodiversidade, pois APPs são corredores ecológicos na paisagem, interligando áreas naturais. As áreas restauradas são caras e precisam ser protegidas de fatores de perturbação, como fogo, extrativismo, descarga de águas, de lixo etc.”
Sobre a situação do município com relação a conservação de fragmentos florestais e APPs, o Professor comentou que “Piracicaba tem um histórico muito antigo de uso do solo agrícola, e esse uso, até recentemente, tinha o fogo como uma das práticas.” Os fragmentos florestais daqui estão muito degradados e necessitam ser recuperados, assim com as áreas de beira de rio, que necessitam ter a atividade agrícola substituída por florestas em restauração, para garantir proteção dos solo, da água, da biodiversidade e até melhoria do clima. Vale destacar”, continuou disse o Professor, “que mesmo degradadas, o que sobrou de mata em Piracicaba tem grande importância na conservação da biodiversidade remanescente. Por isso precisamos orientar os proprietários como recuperá-lo para os fragmentos cumprirem esse papel ainda melhor.”
O mestre da Esalq falou também da necessidade de capacitar técnicos e proprietários rurais para a conservação em seus fragmentos naturais remanescentes, potencializando o papel deles no provimento de serviços ecossistêmicos para a população e com isso, enaltecendo o Pagamento por Serviços Ambientais que a Prefeitura de Piracicaba vem viabilizando de forma exemplar”.
 “Piracicaba, por abrigar grandes centros de conhecimento científico na área ambiental e agrícola, precisa apontar soluções ousadas e inovadoras nas questões ambientais e agrícolas do município, soluções essas, que expressem a interdependência desses dois temas na paisagem rural e mesmo urbana”.

“A agricultura precisa do meio ambiente para sobreviver, como água, solo e polinizador e o meio ambiente precisa de uma agricultura tecnificada e com viés de sustentabilidade ambiental e social, que não só libere as áreas menos produtivas ou protegidas na lei para funções ambientais através da restauração dessas áreas, como não gere impacto sobre as áreas naturais e que permita maior produtividade, menor trabalho e com isso maior qualidade de vida para o agricultor do município”.
Podemos incentivar esse processo, usando muita conversa e também a construção de arcabouço legal, que direcione nesse sentido, como certificação ambiental da atividade agrícola de Piracicaba, crédito rural, comercialização e regularização ambiental facilitados e apoiados para agricultores com sustentabilidade ambiental e social, finalizou Professor Rodrigues. ”

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