O prefeito Barjas Negri entregou, na tarde de
sexta-feira, 05/04, a sede da Cooperativa Reciclador Solidário, que passou por
obras de ampliação, com a construção de novos banheiros, refeitório e cozinha,
entre outros espaços. A área construída passou de 1.518 para 2.920 metros
quadrados e, com as mudanças, a cooperativa está apta a receber até 70
trabalhadores. Hoje, esse número é de 56 cooperados, que separam aproximadamente
250 toneladas de materiais por mês. A sede fica na avenida das Ondas, 6.700,
bairro Ondinhas.
Área construída da Cooperativa Reciclador Solidário passou de 1.518 para 2.920 metros quadrados: apta para até 70 cooperados |
As obras consistiram na construção de sanitários
masculino e feminino, equipados com chuveiros, além de refeitório com cozinha,
escritório com banheiro, salas de aula e de reuniões e almoxarifado. Foram
construídas, ainda, fossas sépticas, para o caso de futuras ampliações, e dois
reservatórios de água, com 25 mil litros cada, além de nova estrutura elétrica.
O prefeito Barjas Negri e a presidente da cooperativa, Ednalva de Souza |
Ednalva Inês Correa de Souza, que está no terceiro
mandato como presidente da Cooperativa, conta que os cooperados aprovaram a
ampliação. “A qualidade de vida melhorou muito. É daqui que quase 60 pessoas, a
maioria mulheres, arrimos de família, tiram seu sustento”, disse Ednalva. “São
muito anos de luta e agora veio a conquista. Gostaria de agradecer ao prefeito
Barjas Negri por enxergar os recicladores como profissionais que merecem
trabalhar com dignidade. É uma grande conquista minha e dos meus companheiros
de trabalho”, disse Ednalva.
Elissandra Alves da Cunha, 34 anos, é cooperada há 1 ano e cinco meses: ampliação aprovada |
A área total da Cooperativa é de 10,2 mil metros
quadrados. Além do local para a separação do material, conta com pátio para
circulação de caminhões. Está equipada com balança com capacidade para até 60
toneladas e com esteira de 20 metros. A Sedema (Secretaria Municipal de Defesa
do Meio Ambiente) também plantou árvores em todo o espaço que limita a área da
Cooperativa, formando uma proteção paisagística, que também serve de
isolamento, impedindo que materiais leves possam chegar à área externa.
Em sua fala, o prefeito Barjas Negri lembrou dos
tempos do aterro e lixão do Pau Queimado, onde trabalhalhavam 300 pessoas, em
condições inadequadas. “Acabamos com o aterro do pau Queimado, que era
insalubre e ultrapassado. Foi preciso ajudar parte daquelas pessoas e aí foi
criada a cooperativa. Em um primeiro momento, o pessoal ficou em um barracão na
avenida 31 de Março.
Em 2008, a gente acertou uma forma de trabalhar, arrumou
parte dos equipamentos. Mas ainda estávamos devendo: faltava uma estrutura
melhor. Podem existir problemas, mas avançamos de forma significativa e
esperamos que os cooperados sejam sempre qualificados e orientados para que
possamos cada vez mais melhorar a coleta seletiva na cidade”, disse Barjas.
Para o prefeito Barjas Negri, ampliação e melhoria nas condições de trabalho vai aumentar produtividade |
O secretário de Defesa do Meio Ambiente. José Otávio
Menten, lembrou que o prefeito assumiu o compromisso de dar atenção especial à
Cooperativa, tendo em vista uma das prioridades do seu governo, que é a
sustentabilidade. “Uma das nossas prioridades é a coleta seletiva e destinação
correta desses materiais, que, além de terem um impacto ambiental muito
importante, ainda geram emprego e renda para dezenas de pessoas. Essas pessoas
trabalham hoje em um local digno, com toda infraestrutura que pode dar
condições de um trabalho ainda mais eficiente. Essa conquista é resultante de
uma união de várias secretarias e de toda a equipe da Sedema”, observou Menten.
SUSTENTO E PAIXÃO - Elissandra Alves da Cunha, 34
anos, é cooperada há 1 ano e cinco meses. “Tiro daqui o sustento dos meus três
filhos, de 2, 4 e 10 anos. A reforma ficou muito boa. Facilitou nossa vida”,
disse. Francisca Maria da Conceição, 64 anos, a Zazá, era uma das mais
empolgadas na entrega da nova sede. Pernambucana, escolheu Piracicaba para
viver há quase quatro décadas e a Cooperativa Reciclador Solidário para
trabalhar há 13 anos. Trabalhou em restaurante, mas, segundo ela, nada se
iguala ao trabalho de recicladora. “Deus me deu força e coragem para fazer o
que eu faço. E amo o que eu faço. Meu serviço é a limpeza da cidade”,
orgulha-se Zazá.
Autor: Texto: Eleni Destro Fotos: Felipe Ferreira e Justino Lucente
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