Os voluntários da horta comunitária do Jardim Gilda já
podem ver o seu trabalho dar frutos. Pés de couve, milho e frutíferas já
enfeitam o grande terreno destinado ao projeto, iniciado em meados do mês de
julho. Idealizado pelo prefeito Barjas Negri, o projeto tem como objetivos
evitar que áreas públicas sejam invadidas ou sejam alvo de descarte irregular
de lixo, gerar renda para famílias carentes e ainda colaborar para o
abastecimento de escolas e creches do bairro e de outros em seu entorno.
A horta no Gilda está sob responsabilidade da Associação
Beneficente Fazer o Bem, que fica no bairro Mário Dedini, com orientação da
Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento
(Sema) e de Defesa do Meio Ambiente (Sedema). Marcelo Barbosa Oliveira,
presidente da Fazer o Bem, mostrou os resultados do trabalho: canteiro de
couve, plantação de feijão e cerca de 300 pés de milho.
Nessa semana foi iniciado o plantio das folhosas. Na
horta vai ter alface americana, crespa, escarola e rúcula, entre outras. “Ainda
vamos plantar temperos, como cebolinha, coentro, salsa, abobrinha, pepino e
mais frutíferas no entorno do terreno”, avisa Oliveira. Um ponto de atendimento
à população, para vender o excedente, também será construído, além de um
quartinho para deixar as ferramentas.
Marcelo Augusto Cisneiro Martins é um dos voluntários da
horta. Ele trabalha com serviços gerais e sempre dá um jeito de estar na horta.
Natural de Pernambuco, Martins têm raízes ligadas à roça e se sente bem com a
lida da terra. “Achei o projeto muito legal porque, além de atrair o pessoal
para trabalhar, as famílias, ainda fará as pessoas terem uma visão diferente,
uma sabedoria em outra área, além de trazer uma renda extra”, disse. Martins
conta que a ideia é, também, estender a participação a pessoas em situação de
rua e drogadictos.
Frank Leonardo Ramos, morador da Vila Industrial, está
desempregado e também colabora com seu trabalho. Na manhã de terça, 11/09, ele
plantava as mudas de alface. “Minha família é mineira. A gente ajudava meu tio
em sua fazenda, plantávamos café, milho, aí aprendi um pouco. É uma ótima
ocupação, uma terapia”, justifica.
Para Lucas Ruiz Sena de Almeida, o projeto é muito mais
que o cultivo de uma horta. É a oportunidade de compartilhar amor com o
próximo, sem pedir nada em troca. “Hoje em dia as pessoas ajudam, mas querem
algo em troca. Vamos ajudar as escolas, os moradores. Estou desempregado e o
trabalho na horta me alegra e dá paz”, explica.
O terreno no Gilda, de aproximadamente 7.000 metros
quadrados, na rua Luiz Antônio de Moraes, era formado por cascalho e teve de
ser preparado para se tornar uma área fértil. Ele foi nivelado e recebeu cerca
de 1.400 metros cúbicos de terra roxa (100 caminhões, aproximadamente), própria
para plantio, esparramados por um trator de esteira da Sema. Foram formados 18
canteiros, de aproximadamente 500 metros, com larguras fixas.
A ideia é doar os alimentos para as escolas municipais e
estaduais dos bairros e também vender para geração de renda para as famílias”,
informa ele, que também trabalha na terra. A comercialização poderá ser feita
em box de varejão municipal.
Estão em formação,
ainda, em Piracicaba, hortas no Jardim Oriente e Altos do Serra Verde e no
Jardim Algodoal
Nenhum comentário:
Postar um comentário