O felino, que chegou recentemente, veio do Zoológico de Americana, tem seis anos e pesa aproximadamente 250kg. Nasceu em cativeiro no zoo de origem e ocupa o recinto no Zoo de Piracicaba que antes era de Léo, leão que veio da Bahia e que morreu aos 15 anos em julho do ano passado. O espaço foi adaptado e revitalizado para acomodar o tigre com conforto e segurança.
De acordo com o diretor do Zoo, o veterinário Thiago Vilalta, diferente dos leões, os tigres siberianos são animais extremamente territorialistas, de hábitos solitários, o que os leva a viver isolados, desacompanhados até mesmo de animais da mesma espécie. “Em Americana ele vivia no mesmo zoológico que o pai. Apesar disso, nunca se encontravam, justamente pelo risco que ofereciam mutuamente. Enquanto um estava em exposição, outro ficava no reservado e a troca de espaços era feita diariamente”, explicou.
Esse fato resultou no encontro de interesses entre os responsáveis pelos zoológicos das duas cidades. Priorizando o bem-estar dos animais e com o objetivo de minimizar o estresse gerado pelo manejo ao qual pai e filho eram submetidos em Americana.
“Desde a morte do Léo (leão), buscávamos com zoos parceiros algum felino que pudesse ocupar o recinto que estava vazio. Há anos mantemos uma boa relação com os colegas de Americana, que nos informaram do ocorrido com os tigres siberianos. Então, houve o acordo para que o animal viesse por empréstimo a Piracicaba, onde viverá até que o zoo de Americana o solicite novamente, ou se obtermos em caráter definitivo um felino de grande porte”, relatou o diretor do zoo.
HÁBITOS

Em média, os animais nascidos reclusos vivem até os 25 anos. O tigre siberiano corre alto risco de extinção na natureza, havendo atualmente mais exemplares vivendo em cativeiro do que livremente. "O intuito dos zoos em todo o mundo é a preservação das espécies, proposta que vai além
do simples entretenimento público. O caráter destes locais mudou muito com o passar dos anos, visto que hoje os animais vivem com o mínimo de estresse e estão cada vez mais condicionados à aceitação humana", disse Thiago Vilalta.
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