Em razão do problema diário enfrentado pelos
frequentadores e comerciantes da Praça José Bonifácio com a presença numerosa
de pombos, o secretário do Meio Ambiente – Rogério Vidal, tem buscado soluções efetivas
e ecológica para resolver o problema.
A partir disso, o secretário tomou conhecimento de uma
experiência positiva na cidade de Araraquara com a instalação de refletores.
Depois do contato inicial pelo telefone, o secretário está agendando uma visita
oficial para conhecer pessoalmente, juntamente com técnicos da Sedema a instalação
de refletores para reduzir a população de pombos no Parque Infantil, um dos
principais pontos de lazer da cidade.
Segundo informações fornecidas pelo biólogo João
Henrique Barbosa, funcionário da Secretaria de Meio Ambiente daquela cidade, quatro
refletores foram instalados próximos à entrada do Centro de Educação Infantil
(CER), que fica dentro do parque, foi testado de diversas maneiras, até obterem
o resultado esperado. Os equipamentos possuem luzes amarelas que imitam a
radiação solar. Através destas experiências, puderam observar que os pombos
migraram para outro lugar sem danos.
De acordo com o biólogo da Secretaria de Meio
Ambiente, João Henrique Barbosa, o “ objetivo é afugentar os pássaros sem
causar danos à espécie. A iniciativa tem o apoio do Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente (Ibama)”. Da mesma forma que Piracicaba, a busca lá surgiu após
constantes reclamações sobre a sujeira causada pelas aves. Após os testes
iniciais, o resultado já começou a aparecer. Em três semanas, houve redução de
90% no número de pombos observados na área.
As luzes são acesas por volta das 16h30, quando há uma
revoada após a busca por alimentos em terrenos baldios. “Instalamos alguns
refletores ‘teste’, para avaliar itens como o melhor horário de funcionamento,
a intensidade das lâmpadas e a altura dos postes. Nossos resultados
preliminares indicam que o teste obteve sucesso. A partir dos resultados, nosso
planejamento é instalar entre 20 e 25 refletores”, informou Barbosa.
A expansão da iniciativa é avaliada conjuntamente
pelas secretarias de Meio Ambiente e de Educação. A intenção é fazer com que os
pombos sejam desestimulados a pousar em algumas árvores do parque. Trata-se daqueles
cujos galhos ficam acima da área de passeio das pessoas, nas passagens
asfaltadas.
O afugentamento provocado pelos holofotes contribui
com a limpeza do espaço, já que, normalmente, são necessários três
caminhões-pipa para a higienização completa do lugar. Barbosa frisa que os
pombos não são os “vilões” da história. “O excesso deles é um problema
ambiental dos tempos modernos. Estamos tentando consertar um problema
ambiental”, disse.
Apesar da redução inicial dos bandos, o projeto prevê
metas em médio prazo. A avaliação
completa só deve ser concluída no segundo semestre deste ano. Após a instalação
de todos os refletores, um balanço indicará a real necessidade de novas
intervenções no parque. Algumas podem ser paisagísticas, como o plantio de
árvores frutíferas, sugeriu o biólogo. A medida atrairia outras espécies de
aves, como a Saíra-amarela, e assim forçaria uma disputa natural de território
com os pombos.
A orientação pode e deve contribuir para a redução do
número de pombos. O primeiro passo é não oferecer alimentos. Assim, os animais
irão buscá-los nas áreas nativas. Não se aproximando do meio urbano, eles
também não se reproduzem de forma desordenada. “Vale lembrar que um casal pode
gerar até quatro ninhadas por ano”, explicou o biólogo.
A segunda dica é não deixar que as aves construam ninhos
em forros, muros, telhados e sacadas. Esses espaços são convidativos à espécie.
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