terça-feira, 17 de junho de 2014

Sedema busca em Araraquara parceria para resolver o problema dos pombos.

Em razão do problema diário enfrentado pelos frequentadores e comerciantes da Praça José Bonifácio com a presença numerosa de pombos, o secretário do Meio Ambiente – Rogério Vidal, tem buscado soluções efetivas e ecológica para resolver o problema.

A partir disso, o secretário tomou conhecimento de uma experiência positiva na cidade de Araraquara com a instalação de refletores. Depois do contato inicial pelo telefone, o secretário está agendando uma visita oficial para conhecer pessoalmente, juntamente com técnicos da Sedema a instalação de refletores para reduzir a população de pombos no Parque Infantil, um dos principais pontos de lazer da cidade.

Segundo informações fornecidas pelo biólogo João Henrique Barbosa, funcionário da Secretaria de Meio Ambiente daquela cidade, quatro refletores foram instalados próximos à entrada do Centro de Educação Infantil (CER), que fica dentro do parque, foi testado de diversas maneiras, até obterem o resultado esperado. Os equipamentos possuem luzes amarelas que imitam a radiação solar. Através destas experiências, puderam observar que os pombos migraram para outro lugar sem danos.

De acordo com o biólogo da Secretaria de Meio Ambiente, João Henrique Barbosa, o “ objetivo é afugentar os pássaros sem causar danos à espécie. A iniciativa tem o apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama)”. Da mesma forma que Piracicaba, a busca lá surgiu após constantes reclamações sobre a sujeira causada pelas aves. Após os testes iniciais, o resultado já começou a aparecer. Em três semanas, houve redução de 90% no número de pombos observados na área.
As luzes são acesas por volta das 16h30, quando há uma revoada após a busca por alimentos em terrenos baldios. “Instalamos alguns refletores ‘teste’, para avaliar itens como o melhor horário de funcionamento, a intensidade das lâmpadas e a altura dos postes. Nossos resultados preliminares indicam que o teste obteve sucesso. A partir dos resultados, nosso planejamento é instalar entre 20 e 25 refletores”, informou Barbosa.
A expansão da iniciativa é avaliada conjuntamente pelas secretarias de Meio Ambiente e de Educação. A intenção é fazer com que os pombos sejam desestimulados a pousar em algumas árvores do parque. Trata-se daqueles cujos galhos ficam acima da área de passeio das pessoas, nas passagens asfaltadas.
O afugentamento provocado pelos holofotes contribui com a limpeza do espaço, já que, normalmente, são necessários três caminhões-pipa para a higienização completa do lugar. Barbosa frisa que os pombos não são os “vilões” da história. “O excesso deles é um problema ambiental dos tempos modernos. Estamos tentando consertar um problema ambiental”, disse.
Apesar da redução inicial dos bandos, o projeto prevê metas em médio prazo.  A avaliação completa só deve ser concluída no segundo semestre deste ano. Após a instalação de todos os refletores, um balanço indicará a real necessidade de novas intervenções no parque. Algumas podem ser paisagísticas, como o plantio de árvores frutíferas, sugeriu o biólogo. A medida atrairia outras espécies de aves, como a Saíra-amarela, e assim forçaria uma disputa natural de território com os pombos.
A orientação pode e deve contribuir para a redução do número de pombos. O primeiro passo é não oferecer alimentos. Assim, os animais irão buscá-los nas áreas nativas. Não se aproximando do meio urbano, eles também não se reproduzem de forma desordenada. “Vale lembrar que um casal pode gerar até quatro ninhadas por ano”, explicou o biólogo.

A segunda dica é não deixar que as aves construam ninhos em forros, muros, telhados e sacadas. Esses espaços são convidativos à espécie.




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